Primeiramente, você já se sentiu exausta tentando dar conta de tudo, ser boa mãe, excelente profissional e ainda cuidar de si mesma?
Antes de mais nada, saiba que essa dúvida é legítima e extremamente comum entre as mulheres. A princípio, muitas tentam equilibrar tudo sozinhas, mas logo depois, percebem que esse acúmulo cobra um preço alto.
Em primeiro lugar, é essencial reconhecer: você não está sozinha.
Sobretudo, estudos sérios revelam o impacto real da sobrecarga. De antemão, já é possível afirmar que o malabarismo entre maternidade e trabalho afeta diretamente o bem-estar emocional da mulher.
Por exemplo, o Guia de Autocuidado para Mães Profissionais da Saúde (FPS, 2023) analisou os efeitos da pandemia em mulheres que, ao mesmo tempo, eram mães e atuavam na linha de frente. Como resultado, muitas relataram estresse, ansiedade e esgotamento.
Além disso, uma pesquisa da Semana Científica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre apontou que o tipo de vínculo que tivemos com nossas próprias mães, anteriormente, pode influenciar a forma como vivemos a maternidade hoje. Ou seja, nossos padrões emocionais se repetem , por vezes, de forma inconsciente.
Como lidar com os desafios maternos sem esquecer de si?
Ainda mais quando há culpa, exaustão e cobrança interna, é preciso buscar estratégias reais e possíveis. Nesse sentido, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) oferece ferramentas práticas. Veja algumas:
1. Reconheça e valide suas emoções
Antes que elas transbordem, olhe para elas. Ansiedade, medo, estresse e raiva fazem parte da experiência materna. Assim como a alegria e a gratidão, elas merecem espaço. Do mesmo modo, praticar mindfulness ajuda a estar presente e a respirar melhor nos dias difíceis.
2. Estabeleça limites claros
Às vezes, a melhor forma de cuidar de todos é começar dizendo “não”. Limitar tarefas, horários e o uso de tecnologia é fundamental. Por outro lado, isso pode ser desafiador no início, mas posteriormente, traz alívio.
3. Busque (e aceite) apoio
Atualmente, existem grupos de apoio online, espaços terapêuticos e comunidades que acolhem com empatia. Do contrário, insistir em dar conta sozinha pode intensificar o desgaste. Assim como cuidar dos filhos é essencial, cuidar de você também é.
Analogamente ao cuidado que damos aos nossos filhos, precisamos revisitar o cuidado que recebemos. Se você se percebe repetindo padrões, vivendo inseguranças ou se cobrando demais, então talvez seja hora de olhar para sua história com mais compaixão.
Segundo os dados do estudo citado, mulheres que tiveram pouco afeto ou excesso de controle na infância apresentaram maior chance de desenvolver depressão pós-parto. Portanto, conhecer nossa trajetória emocional nos ajuda a transformar a maternidade em um espaço mais leve e autêntico.
Para refletir:
“Cuidar de si mesma não é egoísmo. É um ato de amor que sustenta todos os outros.”
Então, você não precisa escolher entre ser uma boa mãe ou uma boa profissional. Tal qual muitas mulheres reais, você pode ser ambas desde que, antes de tudo, se inclua no centro da sua própria vida.
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