O Valor da Educação Socioemocional na Infância
Antes de tudo, é importante reconhecer: crianças não aprendem apenas com lápis, papel e provas. Primordialmente, elas aprendem com afeto, escuta e segurança emocional. A princípio, isso pode soar poético, porém, é absolutamente científico.
Antecipadamente, precisamos dizer: a saúde emocional das crianças impacta diretamente seu desenvolvimento cognitivo, social e até físico. De antemão, esse é o ponto de partida para pensarmos em uma educação mais consciente, sensível e transformadora.
Educação Socioemocioal
Em primeiro lugar, as emoções não são “acessórios” do aprendizado. Segundo Daniel Goleman e Marc Brackett, sob o mesmo ponto de vista, habilidades como foco, memória e atenção dependem diretamente de estados emocionais equilibrados. Ou seja, uma criança ansiosa, triste ou frustrada dificilmente conseguirá aprender com qualidade.
Além disso, vivemos em uma era em que crianças enfrentam excesso de estímulos e escassez de vínculos. Da mesma firma que os adultos precisam de equilíbrio emocional para viver bem, crianças também ,ou até mais.
A escola como ambiente socioemocial
Atualmente, muitas escolas ainda priorizam o desenvolvimento cognitivo em detrimento do emocional. Contudo, pesquisas apontam que o aprendizado socioemocional promove maior engajamento, empatia e autoestima nas crianças.
De acordo com a educadora Dora Diaferia, autora do TCC sobre educação socioemocional, é fundamental que a escola seja um ambiente facilitador, onde a criança não apenas acumule conhecimento, mas também aprenda a lidar com frustrações, nomear emoções e cultivar empatia.
Entretanto, métodos como o RULER, de Marc Brackett (Reconhecer, Entender, Rotular, Expressar e Regular emoções), podem ser aplicados em sala de aula com eficácia. Do mesmo modo, brincadeiras guiadas, rodas de conversa e momentos de acolhimento favorecem a expressão emocional e fortalecem vínculos.
Primeiramente, o professor precisa ser alguém emocionalmente disponível. Bem como é necessário conhecer o conteúdo pedagógico, é essencial estar atento aos sinais emocionais dos alunos.
Em contrapartida, para cuidar das emoções de seus alunos, o educador precisa cuidar também das próprias emoções. Nesse sentido, formações em inteligência emocional e espaços de escuta dentro das escolas são caminhos urgentes e necessários.
Educação emocional consciente
Por analogia, assim como nutrimos o corpo com alimentos saudáveis, precisamos nutrir o coração das crianças com experiências afetivas. Conforme defende Dani Botelho, criar com empatia é plantar raízes de segurança e confiança que florescem por toda a vida.
Ainda assim, é comum encontrarmos resistências. Às vezes, por falta de formação; outras vezes, por desconhecimento dos impactos profundos que a educação emocional pode ter. Todavia, cada pequeno passo conta: um olhar acolhedor, uma escuta ativa, uma pausa para respirar com a criança no meio do caos.
Acima de tudo, crianças emocionalmente acolhidas tornam-se adultos mais seguros, saudáveis e cooperativos. Definitivamente, é hora de transformar a educação em uma experiência mais humana e integradora.
Então, educar para o sentir é educar para a vida. Portanto, que possamos trilhar novos começos , em casa, na escola e em nós mesmos.
💌 Quer continuar essa conversa?
Por fim, deixo aqui o convite para seguir refletindo, aprendendo e se fortalecendo:
📞 Atendimentos online para todo o Brasil
🌐 www.aretepsicologia.com.br
📱 WhatsApp: (11) 99341-8613
📸 Instagram: @aretepsi
Texto inspirado nas ideias de Dani Botelho, Elaine Andrade, Mariana Lima e no trabalho acadêmico de Dora Silvia Vassilieff Diaferia (Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2023).