“A maternidade é brutal e incrível.”
Foi com essas palavras que a atriz Jennifer Lawrence descreveu a experiência de ser mãe durante uma entrevista recente no Festival de Cannes. A frase, curta e intensa, rodou o mundo, talvez porque muitas mães se viram, pela primeira vez, tão bem descritas.
Por muito tempo, fomos ensinadas a falar da maternidade como algo mágico, instintivo e naturalmente feliz. Mas a realidade é que, entre fraldas, noites mal dormidas e cobranças internas e externas, muitas mulheres se sentem esgotadas, invisíveis e sozinhas.
Jennifer deu voz a algo que milhares de mães sentem, mas muitas ainda têm vergonha de dizer: a maternidade é uma experiência ambivalente. É feita de amor profundo e também de exaustão. De encantamento e medo. De orgulho e culpa.
Pesquisas recentes apontam que mais de 90% das mães brasileiras relatam sentir sobrecarga emocional, e cerca de 75% sentem culpa por não dar conta de tudo. Esses dados refletem uma realidade que vai muito além da ficção ou das telas: estamos falando de saúde mental materna.
A brutalidade da maternidade está na solidão durante a amamentação, no choro contido no banheiro, na dúvida constante se está fazendo certo, no medo de não ser suficiente.
Mas há também o lado incrível: o sorriso do filho, a superação diária, a coragem de continuar mesmo cansada.
Nem sempre o lado incrível se revela de imediato e tá tudo bem. Muitas mães só conseguem enxergá-lo quando encontram um espaço seguro para falar do que sentem, sem medo de julgamento. Esse espaço pode (e deve) ser a psicoterapia.
Na escuta profissional, é possível validar a dor, entender os gatilhos e reconstruir a forma de viver a maternidade de maneira mais leve, real e possível.
Se você está se sentindo esgotada, emocionalmente sobrecarregada ou em dúvida sobre o que está acontecendo com você, saiba: você não está sozinha, nem errada, nem fraca. Você está humana.
A maternidade é intensa e você merece acolhimento para lidar com ela.
Inspiração do texto: https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/jennifer-lawrence-define-maternidade-brutal-e-incrivel/
Fonte da imagem: internet
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